Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 14 de 14
Filter
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(4): EN230621, 2022. graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1374823

ABSTRACT

This study aims to estimate fertility trends in Brazil in the 2010s and early 2020s during a period of back-to-back novel infectious disease outbreaks - Zika virus and COVID-19. We use Brazilian Ministry of Health and Association of Civil Registrar data from 2011-2021 to measure general fertility rates at the national and state levels. We also used seasonal ARIMA model to forecast fertility rates by month and state in 2021 and compared these forecasts with observed fertility rates. We find that fertility rates were steady over 2011-2015 with no statistically significant variation, followed by a sharp decline during the Zika outbreak in 2016 followed by a return to pre-Zika levels after the end of the epidemic. Furthermore, to evaluate the effect of the COVID-19 pandemic, we make comparisons with observed and forecast rates from 2020-2021, showing that declines were generally larger for observed than for forecast rates, yet statistically insignificant. We argue that the resurgence of the COVID-19 pandemic in 2021 might lead to further declines, as women might have not had enough time to adjust rebound from either the effects of the Zika epidemic. We also discuss the importance of timely availability of live births data during a public health crisis with immediate consequences for fertility rates.


O objetivo desta contribuição de dados é estimar as tendências de fecundidade no Brasil nos anos 2010 e início dos anos 2020 durante epidemias consecutivas de doenças infecciosas novas, ou seja, Zika vírus e COVID-19. Utilizamos dados do Ministério da Saúde e do Registro Civil Nacional de 2011-2021 para calcular as taxas mensais de fecundidade nos níveis nacional e estadual. Também utilizamos o modelo ARIMA sazonal para prever taxas de fecundidade por mês e por estado em 2021, e comparamos essas previsões com as taxas de fecundidade observadas. Encontramos que as taxas de fecundidade eram estáveis entre 2011 e 2015, sem variação significativa, seguido por um declínio abrupto durante o surto de Zika em 2016, e seguido por sua vez por um retorno aos níveis pré-Zika depois do fim da epidemia. Além disso, para avaliar o efeito da pandemia de COVID-19, comparamos as taxas observadas e previstas de 2020-2021, mostrando que as quedas geralmente eram maiores nas taxas observadas do que nas previstas, porém sem significância estatística. Argumentamos que o recrudescimento da pandemia de COVID-19 em 2021 poderá levar a mais quedas nas taxas, na medida em que as mulheres não tenham tido tempo suficiente para reagir e se ajustarem aos efeitos da epidemia de Zika. Também discutimos a importância da disponibilidade oportuna de dados sobre nascidos vivos durante uma crise de saúde pública com consequências imediatas para as taxas de fecundidade.


El objetivo de esta aportación de datos es estimar las tendencias de fecundidad en Brasil en la década de 2010 y principios de 2020, durante el período de brotes consecutivos de nuevas enfermedades infecciosas -ZIKV y COVID-19. Se usaron datos procedentes del Ministerio de Salud y del Registro Civil Nacional (ARPEN) desde 2011-2021 para calcular mensualmente las tasas de fecundidad en nivel nacional y en el estado. Se utilizó el ARIMA estacional para pronosticar las tasas de fecundidad por mes y estado en 2021, y se compararon estas predicciones con las tasas de fecundidad observadas. Encontramos que las tasas de fecundidad se mantuvieron estables entre 2011 y 2015, sin variaciones significativas, seguido de un fuerte descenso durante el brote de Zika en 2016, para posteriormente volver a los niveles anteriores al Zika tras el fin de la epidemia. Asimismo, con el fin de evaluar el efecto de la pandemia de COVID-19, hicimos comparaciones con lo observado y la previsión de tasas desde 2020-2021, que muestran que los descensos fueron en general mayores para los índices observados que para los previstos, aunque insignificantes desde el punto de vista estadístico. Sostenemos que el resurgimiento de la pandemia de COVID-19 en 2021 podría provocar nuevos descensos, ya que las mujeres podrían no haber tenido suficiente tiempo para adaptarse a los efectos de la epidemia de Zika. También se discute la importancia de disponer a tiempo de los datos de los nacidos vivos durante una crisis de salud pública con consecuencias inmediatas para las tasas de fecundidad.


Subject(s)
Humans , Female , Zika Virus , Zika Virus Infection/epidemiology , Brazil/epidemiology , Disease Outbreaks , Fertility , Pandemics , COVID-19/epidemiology
2.
Saúde Soc ; 31(4): e200357pt, 2022. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1410125

ABSTRACT

Resumo A atenção diferenciada é um princípio fundamental para um cuidado não colonizador das populações indígenas. Um dos desafios nesse campo é o planejamento reprodutivo, por envolver tensões entre vontades coletivas e individuais, além da tutela e da autonomia, principalmente com a inserção mais contínua de profissionais via Programa Mais Médicos, como ocorreu no Território Yanomami. O objetivo deste artigo é discutir os aspectos envolvidos na atenção diferenciada ao planejamento reprodutivo, por meio da comparação entre o trabalho de profissionais de saúde em área indígena e não indígena. Para tanto, foi realizado um estudo de caso etnográfico com observação participante do exercício das equipes acessadas pela Supervisão do Programa Mais Médicos e entrevistas com seis profissionais, selecionados pela diversidade de seus perfis. A partir da análise de conteúdo, foram identificadas três categorias: diferença e desigualdade; similaridades; e desafios. Tais divisões trazem a noção de comparação fisiológica, que gera abordagem biomédica, passando pela confusão entre diferença e desigualdade, aspecto responsável por favorecer a colonização e a negação dos direitos - e até as compreensões dos profissionais sobre a cultura - que atravessam o diálogo intercultural.


Abstract Differentiated care is a fundamental principle for a non-colonizing care of the Indigenous populations. One of the challenges within this field is reproductive planning since it involves tensions between collective and individual wills, as well as between authority and autonomy, especially with the more continuous insertion of professionals with the Programa Mais Médicos (More Doctor Program), as occurred in the Yanomami Territory. This article aims to discuss the aspects involved in a differentiated care regarding reproductive planning by comparing the work of health professionals in Indigenous and non-Indigenous areas. Thus, an ethnographic case study was conducted based on participant observation of the teams' practice, accessed via the Programa Mais Médicos Supervision, and interviews with six professionals, selected for the diversity of their profile. From the content analysis, three categories were identified: difference and inequality, similarities, and challenges. These divisions allows for the notion of physiological comparison, which generates a biomedical approach, encompassing the confusion between difference and inequality, the aspect responsible for favoring colonization and the denial of rights - and even the understandings of professionals about the culture - which permeates the intercultural dialogue.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Health Consortia , Family Development Planning , Health Status Disparities , Health of Indigenous Peoples , Reproductive Health , Health Personnel , Anthropology, Cultural
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.1): e00189618, 2020. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1055643

ABSTRACT

As desigualdades sociais no Brasil se refletem na busca por atenção pelas mulheres com abortamento, as quais enfrentam barreiras individuais, sociais e estruturais, expondo-as a situações de vulnerabilidades. São as negras as mais expostas a essas barreiras, desde a procura pelo serviço até o atendimento. O estudo objetivou analisar os fatores relacionados às barreiras individuais na busca do primeiro atendimento pós-aborto segundo raça/cor. A pesquisa foi realizada em Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) e São Luís (Maranhão), Brasil, com 2.640 usuárias internadas em hospitais públicos. Foi realizada regressão logística para análise das diferenças segundo raça/cor (branca, parda e preta), considerando-se "não houve barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento" como categoria de referência da variável dependente. Das entrevistadas, 35,7% eram pretas, 53,3% pardas e 11% brancas. Mulheres pretas tinham menor escolaridade, menos filhos e declararam mais o aborto como provocado (31,1%), após 12 semanas de gestação (15,4%). Relataram mais barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento (32% vs. 28% entre pardas e 20,3% entre brancas), tais como o medo de ser maltratada e não ter dinheiro para o transporte. Na regressão, confirmou-se a associação entre raça/cor preta e parda e barreiras individuais na busca de cuidados pós-aborto, mesmo após o ajuste por todas as variáveis selecionadas. Os resultados confirmam a situação de vulnerabilidade das pretas e pardas. A discriminação racial nos serviços de saúde e o estigma em relação ao aborto podem atuar simultaneamente, retardando a ida das mulheres ao serviço, o que pode configurar uma situação limite de maior agravamento do quadro pós-abortamento.


Las desigualdades sociales en Brasil se reflejan en la búsqueda de atención sanitaria por parte de las mujeres que abortan, que enfrentan barreras individuales, sociales y estructurales, exponiéndolas a situaciones de vulnerabilidad. Las negras son las más expuestas a estas barreras, desde la búsqueda del servicio hasta la atención. El estudio tuvo como objetivo analizar los factores relacionados con las barreras individuales en la búsqueda de la primera atención post-aborto según raza/color. La investigación se realizó en Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) y São Luis (Maranhão), Brasil, con 2.640 pacientes internadas en hospitales públicos. Se realizó una regresión logística para el análisis de las diferencias según raza/color (blanca, mulata/mestiza y negra), considerándose "no tuvo barreras individuales en la búsqueda de la primera atención" como categoría de referencia de la variable dependiente. De las entrevistadas 35,7% eran negras, 53,3% mulatas/mestizas y 11% blancas. Las mujeres negras tenían menor escolaridad, menos hijos y declararon más el aborto como provocado (31,1%), tras 12 semanas de gestación (15,4%). Informaron más barreras individuales en la búsqueda de la primera atención (32% vs. 28% entre multas/mestizas y un 20,3% entre las blancas), tales como el miedo de ser maltratada y no tener dinero para el transporte. En la regresión se confirmó la asociación entre raza/color negro y mulato/mestizo y barreras individuales en la búsqueda de cuidados post-aborto, incluso tras el ajuste por todas las variables seleccionadas. Los resultados confirman la situación de vulnerabilidad de las negras y mulatas/mestizas. La discriminación racial en los servicios de salud y el estigma en relación con el aborto pueden actuar simultáneamente, retardando la ida de las mujeres al servicio de salud, lo que puede constituir una situación límite de mayor gravedad en el cuadro post-aborto.


Social inequalities in Brazil are reflected in women's search for abortion care, when they face individual, social, and structural barriers and are exposed to situations of vulnerability. Black women are the most heavily exposed to these barriers, from the search for the service to the care itself. The study aimed to analyze factors related to individual barriers in the search for first post-abortion care according to race/color. The study was conducted in Salvador (Bahia State), Recife, (Pernambuco State) and São Luís (Maranhão State), Brazil, with 2,640 patients admitted to public hospitals. Logistic regression was performed to analyze differences according to race/color (white, brown, and black), with "no individual barriers in the search for first care" as the reference category in the dependent variable. Of the women interviewed, 35.7% were black, 53.3% brown, and 11% white. Black women had less schooling, fewer children, and reported more induced abortions (31.1%) and more second-trimester abortions (15.4%). Black women reported more individual barriers in the search for first care (32% vs. 28% in brown women and 20.3% in whites), such as fear of being mistreated and lack of money for transportation. Regression analysis confirmed the association between black and brown race/color and individual barriers in the search for post-abortion care, even after adjusting for all the selected variables. The results confirmed the situation of vulnerability for black women and brown women in Brazil. Racial discrimination in health services and abortion-related stigma can act simultaneously, delaying women's access to health services, a limitation that can further complicate their post-abortion condition.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Child , Abortion, Induced , Health Services Accessibility , Brazil , Surveys and Questionnaires , Social Stigma
4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.1): e00197718, 2020. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1055649

ABSTRACT

As complicações do aborto são um importante problema de saúde pública e pesquisas para avaliar a qualidade da atenção requerem ferramentas de aferição adequadas. Este estudo dá sequência ao processo de refinamento de um instrumento para esse fim - QualiAborto-Pt. Utilizando-se dados de um inquérito com 2.336 mulheres internadas por complicações do aborto em 19 hospitais de três capitais do Nordeste brasileiro (Salvador - Bahia, Recife - Pernambuco e São Luís - Maranhão), implementou-se uma sequência de análises fatoriais exploratórias e confirmatórias com base em um protótipo de 55 itens. As análises apontam para uma estrutura de 17 itens em cinco dimensões: acolhimento, orientação, insumos/ambiente físico, qualidade técnica e continuidade do cuidado. Todos os itens do modelo final evidenciam confiabilidade aceitável, ausência de redundância de conteúdo, especificidade fatorial, e guardam coerência teórica com as respectivas dimensões. A solução também mostra validade fatorial discriminante. Ainda que persistam algumas questões a aprofundar e acertar, esta versão merece ser recomendada para uso no Brasil.


Las complicaciones del aborto son un importante problema de salud pública y las investigaciones para evaluar la calidad de la atención requieren herramientas de medición adecuadas. Este estudio da continuación al proceso de perfeccionamiento de un instrumento para este fin - QualiAborto-Pt. Se utilizaron datos de una encuesta con 2.336 mujeres internadas por complicaciones con el aborto en 19 hospitales de tres capitales del nordeste brasileño (Salvador - Bahia, Recife - Pernambuco e São Luís - Maranhão), se implementó una secuencia de análisis factoriales exploratorios y confirmatorios, a partir de un prototipo de 55 ítems. Los análisis apuntan una estructura de 17 ítems en cinco dimensiones: acogida, orientación, insumos/ambiente físico, calidad técnica y continuidad del cuidado. Todos los ítems del modelo final evidencian confiabilidad aceptable, ausencia de redundancia de contenido, especificidad factorial, y guardan coherencia teórica con sus respectivas dimensiones. La solución también muestra validez factorial discriminante. A pesar de que persistan algunas cuestiones por profundizar y acertar, esta versión merece ser recomendada para su uso en Brasil.


Abortion complications are a major public health problem, and studies to assess the quality of abortion care require adequate measurement tools. This study is a continuation of such an instrument's refinement, the QualiAborto-Pt questionnaire. Using data from a survey of 2,336 women hospitalized for abortion complications in 19 hospitals in three state capitals in Northeast Brazil (Salvador - Bahia, Recife - Pernambuco, and São Luís - Maranhão), we implemented a series of exploratory and confirmatory factor analyses based on a 55-item prototype. The analyses indicate a structure with 17 items in five dimensions: reception, orientation, inputs/physical environment, technical quality, and continuity of care. All the items in the final model displayed acceptable reliability, absence of content redundancy, and factor specificity, as well as theoretical consistency with the respective dimensions. The solution also shows discriminant factor validity. Despite some persistent issues for further analysis and clarification, this version merits recommendation for use in Brazil.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Abortion, Induced , Psychometrics , Brazil , Surveys and Questionnaires , Reproducibility of Results , Factor Analysis, Statistical
5.
Epidemiol. serv. saúde ; 28(2): e2018003, 2019. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1012076

ABSTRACT

Objetivo: descrever as mortes de mulheres em idade reprodutiva e materna entre indígenas do estado de Pernambuco, Brasil, no período de 2006 a 2012. Métodos: trata-se de um estudo descritivo, realizado a partir de linkage entre o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e seu módulo de investigação (SIM-Web); as causas de morte foram consideradas de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - 10a Revisão (CID-10). Resultados: obteve-se um banco de dados composto por 115 registros, dos quais apenas 58,3% foram informados no SIM como indígenas; as principais causas de óbito foram doenças do aparelho circulatório (27,0%), causas externas (14,8%), neoplasias (13,0%) e causas maternas (8,7%). Conclusão: houve sub-registro das mortes de mulheres indígenas em idade reprodutiva; as doenças do aparelho circulatório foram as principais causas desses óbitos, embora as mortes maternas ainda representem importante causa de óbito na população estudada.


Objetivo: describir las muertes de mujeres en edad fértil y materna entre indígenas del estado de Pernambuco, Brasil, en el periodo de 2006 a 2012. Métodos: se trata de un estudio descriptivo realizado a partir del linkage entre el Sistema de Informaciones sobre Mortalidad (SIM) y su módulo de investigación (SIM-Web). Resultados: las causas de muertes fueron consideradas según la Clasificación Estadística Internacional de Enfermedades y Problemas Relacionados a la Salud - 10a Revisión (CID-10); se obtuvo un banco compuesto por 115 registros, de los cuales 58,3% fueran informados al SIM como indígenas; las principales causas de óbito fueron enfermedades del aparato circulatorio (27,0%), causas externas (14,8%), neoplasias (13,0%) y causas maternas (8,7%). Conclusión: hubo subregistro de las muertes de mujeres indígenas en edad fértil; las principales causas de esas muertes fueron las enfermedades del aparato circulatorio, aunque las muertes maternas todavía representen importante causa de óbito en la población estudiada.


Objective: to describe maternal deaths and deaths of women of childbearing age in the indigenous population in the state of Pernambuco, Brazil, from 2006 to 2012. Method: this is a descriptive study based on linkage of data from the Mortality Information System (SIM) and its investigation module (SIM-Web); causes of death were considered in accordance with the International Statistical Classification of Diseases and Health Related Problems - 10th Revision (ICD-10). Results: linkage provided a database comprised of 115 records, of which only 58.3% were recorded on SIM as indigenous; the main causes of death were diseases of the circulatory system (27.0%), external causes (14.8%), neoplasms (13.0%), and maternal factors (8.7%). Conclusion: deaths of indigenous women of childbearing age were underreported; the main cause of these deaths were diseases of the circulatory system, although maternal deaths still represent an important cause of death in the population studied.


Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Maternal Mortality , Women's Health , Health Status Disparities , Health of Indigenous Peoples , Maternal Death/statistics & numerical data , Brazil , Epidemiology, Descriptive , Health Information Systems , Data Accuracy , Indigenous Peoples
6.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(6): e00168116, 2018. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-952412

ABSTRACT

Abstract: Around 18 million unsafe abortions occur in low and middle-income countries and are associated with numerous adverse consequences to women's health. The time taken by women with complications to reach facilities where they can receive appropriate post-abortion care can influence the risk of death and the extent of further complications. All women aged 18+ admitted for abortion complications to public-sector hospitals in three capital cities in the Northeastern Brazil between August-December 2010 were interviewed; medical records were extracted (N = 2,804). Nearly all women (94%) went straight to a health facility, mainly to a hospital (76.6%); the rest had various care-seeking paths, with a quarter visiting 3+ hospitals. Women waited 10 hours on average before deciding to seek care. 29% reported difficulties in starting to seek care, including facing challenges in organizing childcare, a companion or transport (17%) and fear/stigma (11%); a few did not initially recognize they needed care (0.4%). The median time taken to arrive at the ultimate facility was 36 hours. Over a quarter of women reported experiencing difficulties being admitted to a hospital, including long waits (15%), only being attended after pregnant women (8.9%) and waiting for a bed (7.4%). Almost all women (90%) arrived in good condition, but those with longer delays were more likely to have (mild or severe) complications. In Brazil, where access to induced abortion is restricted, women face numerous difficulties receiving post-abortion care, which contribute to delay and influence the severity of post-abortion complications.


Resumo: Cerca de 18 milhões de abortos são realizados por ano em condições inseguras nos países de renda baixa e média, associados a numerosas consequências negativas para a saúde das mulheres. O tempo despendido pelas mulheres com complicações até chegar aos serviços onde possam receber os cuidados adequados no período pós-aborto podem influenciar o risco de morte e o grau das complicações posteriores. Foram entrevistadas todas as mulheres com 18 anos ou mais internadas devido a complicações do aborto em hospitais públicos em capitais estaduais do Nordeste brasileiro entre agosto e dezembro de 2010, e os prontuários foram analisados (N = 2.804). Quase todas as mulheres (94%) se dirigiram diretamente a um serviço de saúde, principalmente hospitais (76,6%), enquanto as outras seguiram diversos itinerários em busca de atendimento. Uma em cada quatro mulheres percorreu três ou mais hospitais. As mulheres esperavam uma média de dez horas antes de decidir buscar atendimento. 29% relatavam dificuldades no início da busca, inclusive desafios na organização dos cuidados dos filhos, com acompanhantes ou transporte (17%) e medo/estigma (11%). Uma pequena minoria (0,4%) não se deu conta inicialmente da necessidade de cuidados médicos. O tempo mediano para chegar até o serviço de saúde finalmente utilizado foi 36 horas. Mais de uma em cada quatro mulheres relatava dificuldades em conseguir internação hospitalar, inclusive tempo de espera prolongado (15%), atendimento apenas depois que todas as mulheres grávidas estivessem sido atendidas (8,9%) e espera por um leito (7,4%). Quase todas as mulheres (90%) chegavam em boas condições, mas aquelas sujeitas a esperas mais prolongadas mostraram maior probabilidade de complicações (tanto leves quanto graves). No Brasil, onde o acesso ao aborto induzido é restrito, as mulheres enfrentam muitas dificuldades para receber cuidados pós-aborto, o que contribui aos atrasos e impacta a gravidade das complicações pós-aborto.


Resumen: Cerca de 18 millones de abortos inseguros se producen en países de renta media o baja y están asociados con numerosas consecuencias adversas para la salud de la mujer. El tiempo que tardan las mujeres con complicaciones en llegar a los servicios médicos, donde puedan recibir cuidados apropiados tras un aborto, puede tener influencia en el riesgo de muerte y existencia de futuras complicaciones de salud. Todas las mujeres con 18+ años, admitidas por complicaciones durante un aborto en hospitales del sector público de tres capitales del Nordeste brasileño, entre agosto y diciembre de 2010, fueron entrevistadas; y sus historiales médicos resumidos (N = 2.804). Casi todas las mujeres (94%) fueron directamente a una institución sanitaria, en su mayoría un hospital (76,6%); el resto buscaron diferentes vías de cuidados, con una cuarta parte visitando 3+ hospitales. Las mujeres esperaron 10 horas de media antes de decidir buscar cuidados. Un 29% informó de dificultades al empezar a buscar cuidados, incluyendo el hacer frente a los desafíos para organizar el cuidado infantil, un acompañante o transporte (17%) y miedo/estigma (11%); otras en un principio no reconocieron la necesidad de cuidados (0,4%). La media de tiempo que les llevaba llegar al servicio de salud definitivo era 36 horas. Más de un cuarto de las mujeres informaron vivir dificultades estando admitidas en un hospital, incluyendo largas esperas (15%), sólo siendo atendidas tras las mujeres embarazadas (8,9%) y esperando una cama (7,4%). Casi todas las mujeres (90%) llegaron en buenas condiciones, pero aquellas con retrasos más largos eran las que estaban más expuestas a tener complicaciones (leves o graves). En Brasil, donde el acceso al aborto inducido está limitado, las mujeres se enfrentan a numerosas dificultades para recibir cuidado tras un aborto, lo que contribuye a retrasos e influye en la gravedad de las complicaciones post aborto.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adult , Young Adult , Pregnancy Complications/therapy , Women's Health Services/statistics & numerical data , Women's Health/statistics & numerical data , Abortion, Induced/adverse effects , Health Services Accessibility/statistics & numerical data , Time Factors , Brazil , Cross-Sectional Studies , Risk Factors , Social Stigma , Hospitalization/statistics & numerical data
7.
Rev. bras. epidemiol ; 20(3): 371-381, Jul.-Set. 2017. graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-898603

ABSTRACT

RESUMO: Objetivo: Reclassificar os óbitos de mulheres portadoras do vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida no ciclo gravídico-puerperal no Estado de Pernambuco, no período de 2000 a 2010. Métodos: Estudo descritivo exploratório, desenvolvido a partir das seguintes etapas: tradução para português do item "HIV and aids" do documento da Organização das Nações Unidas "The WHO application of ICD-10 to deaths during pregnancy, childbirth and the puerperium: ICD MM, 2012"; elaboração de um algoritmo de classificação dos óbitos de mulheres portadoras do vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida no ciclo gravídico-puerperal; e reclassificação dos óbitos por um grupo de especialistas. Resultados: Dentre os 25 óbitos reclassificados, 12 foram devido ao vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida e a condição gravídica era coexistente; 9 foram reclassificados como morte materna obstétrica indireta, com o código O98.7, proposto pela Organização Mundial de Saúde; 2 como morte materna obstétrica direta/indireta; e 2 foram considerados indeterminados. Conclusão: A reclassificação apontou uma possível mudança de padrão de mortalidade materna, visto que a maioria dos óbitos foi atribuído ao vírus, podendo levar a uma redução dos óbitos por causas maternas. O algoritmo subsidiará o uso da nova classificação sobre morte materna e do vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida.


ABSTRACT: Objective: To reclassify deaths of women infected with the human immunodeficiency virus/acquired immunodeficiency syndrome in pregnancy and childbirth in the State of Pernambuco, Brazil, from 2000 to 2010. Methods: A descriptive exploratory study, developed from the following steps: translation to Portuguese of the item "HIV and aids" of the United Nations document "The WHO application of ICD-10 to deaths during pregnancy, childbirth and the puerperium: DCI MM 2012"; development of a classification algorithm of deaths of women living with the human immunodeficiency virus/acquired immunodeficiency syndrome in pregnancy and childbirth; and reclassification of deaths by a group of experts. Results: Among the 25 reclassified deaths, 12 were due to human immunodeficiency virus/acquired immunodeficiency syndrome, and pregnancy condition was coexisting; 9 were reclassified as indirect maternal death, with O98.7 code, proposed by the World Health Organization; 2 as direct/indirect maternal death; and 2 were considered indeterminate. Conclusion: The reclassification showed a possible pattern of change in maternal mortality, since most of the deaths were attributed to the virus and may lead to a reduction in deaths from maternal causes. The algorithm will subsidize the use of the new classification of maternal death and human immunodeficiency virus/acquired immunodeficiency syndrome.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Pregnancy Complications, Infectious/mortality , HIV Infections/mortality , Cause of Death , Natural Childbirth/mortality , Cross-Sectional Studies , Acquired Immunodeficiency Syndrome/mortality
8.
Rev. bras. enferm ; 68(5): 855-861, set.-out. 2015. tab
Article in Portuguese | LILACS, BDENF | ID: lil-763178

ABSTRACT

RESUMOObjetivo:descrever a distribuição dos óbitos por causas externas, por Região de Saúde de Pernambuco, nos períodos 2001-2003 e 2011-2013.Método:estudo descritivo, cuja fonte de dados foi o Sistema de Informação sobre Mortalidade. Para análise foram utilizados percentuais, variações percentuais e razões de proporção.Resultados:os óbitos por causas externas reduziram em Pernambuco, entretanto aumentaram em algumas Regiões de Saúde do interior. Registrou-se aumento dos óbitos por acidentes e intenção indeterminada. Houve aumento dos óbitos classificados como “outros/não especificados” de intenção indeterminada.Conclusão:observou-se alteração da distribuição espacial dos óbitos por causas externas, deslocando-se para o interior de Pernambuco. Verificou-se ainda a necessidade da qualificação dos dados dos óbitos por causas externas e o fortalecimento do monitoramento.


RESUMENObjetivo:describir la distribución de óbitos por causas externas, por Región de Salud de Pernambuco, en los períodos de 2001-2003 y 2011-2013.Método:estudio descriptivo, cuya fuente de datos fue el Sistema de Información sobre Mortalidad. Para análisis fueron utilizados porcentajes, variaciones porcentuales y razón de proporción.Resultados:los óbitos por causas externas se redujeron en Pernambuco, pero aumentaron en algunas Regiones de Salud del interior. Se registró un aumento de los óbitos por accidentes e intención indeterminada. Hubo aumento de los óbitos clasificados como "otros/no especificados" de intención indeterminada.Conclusión:fue posible observar la alteración de la distribución espacial de los óbitos por causas externas para el interior de Pernambuco. Se verificó también necesidad de la cualificación de los datos de los óbitos por causas externas y el fortalecimiento del seguimiento.


ABSTRACTObjective:to describe the mortality from external causes, by Health Regions in Pernambuco, during the periods of2001-2003 and 2011-2013.Method:descriptive study with data from the Mortality Information System. For data analysis we used percentage, percentage variation and proportion ratio.Results:mortality from external causes reduced in Pernambuco, however, mortality increased in some health regions of the countryside. Increased numbers of deaths from accidents and event of undetermined intent were registered. There was an increase of deaths classified as "other/unspecified" event of undetermined intent.Conclusion:there was a change in the spatial distribution of mortality from external causes moving to Pernambuco countryside regions. We found necessity for data classification regarding deaths from external causes and strengthening of the monitoring.

9.
Article in English | LILACS | ID: biblio-962178

ABSTRACT

OBJECTIVE To analyze the association between unintended pregnancy and postpartum depression.METHODS This is a prospective cohort study conducted with 1,121 pregnant aged 18 to 49 years, who attended the prenatal program devised by the Brazilian Family Health Strategy, Recife, PE, Northeastern Brazil, between July 2005 and December 2006. We interviewed 1,121 women during pregnancy and 1,057 after childbirth. Unintended pregnancy was evaluated during the first interview and postpartum depression symptoms were assessed using the Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale. The crude and adjusted odds ratios for the studied association were estimated using logistic regression analysis.RESULTS The frequency for unintended pregnancy was 60.2%; 25.9% presented postpartum depression symptoms. Those who had unintended pregnancies had a higher likelihood of presenting this symptoms, even after adjusting for confounding variables (OR = 1.48; 95%CI 1.09;2.01). When the Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) variable was included, the association decreased, however, remained statistically significant (OR = 1.42; 95%CI 1.03;1.97).CONCLUSIONS Unintended pregnancy showed association with subsequent postpartum depressive symptoms. This suggests that high values in Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale may result from unintended pregnancy.


OBJETIVO Analisar a associação entre gravidez não pretendida e depressão pós-parto.MÉTODOS Estudo de coorte prospectivo realizado com 1.121 mulheres grávidas de 18 a 49 anos, acompanhadas no pré-natal pela Estratégia de Saúde da Família, Recife, PE, entre julho de 2005 e dezembro de 2006. Durante a gravidez e após o parto foram entrevistadas, respectivamente, 1.121 e 1.057 mulheres. A gravidez não pretendida foi avaliada durante a primeira entrevista e os sintomas depressivos após o parto foram avaliados utilizando-se a Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale. Foram estimados os odds ratios simples e ajustados para a associação estudada, utilizando-se análise de regressão logística.RESULTADOS A frequência de gravidez não pretendida foi de 60,2%; 25,9% apresentaram sintomas depressivos após o parto. Aquelas com gravidez não pretendida tiveram maior chance de apresentar esse desfecho, mesmo após ajuste para variáveis de confundimento (OR = 1,48; IC95% 1,09;2,01). Ao se incluir a variável Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), a associação diminuiu, mas manteve-se estatisticamente significativa (OR = 1,42; IC95% 1,03;1,97).CONCLUSÕES Gravidez não pretendida mostrou-se associada a sintomas depressivos após o parto. Isso sugere que valores elevados na Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale podem resultar de gravidez não pretendida.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adolescent , Adult , Young Adult , Depression, Postpartum/etiology , Pregnancy, Unplanned/psychology , Socioeconomic Factors , Brazil , Prospective Studies , Surveys and Questionnaires , Cohort Studies , Self Report , Middle Aged
10.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 14(3): 229-239, Jul-Sep/2014. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS, BVSAM | ID: lil-725699

ABSTRACT

Avaliar a estrutura de maternidades que prestam atenção a mulheres em situação de abortamento no Sistema Único de Saúde, em Salvador, Recife e São Luís. Métodos: foram selecionadas três maternidades em cada capital. Os dados foram obtidos por entrevista com gerente do serviço ou equipe de direção e observação direta. Utilizou-se instrumento com 120 questões pontuadas abrangendo seis componentes - planta física, recursos materiais, recursos humanos, materiais de consumo, educação em saúde e ferramentas de gestão que incorporam quatro dimensões de avaliação - insumo/ambiente físico; qualidade técnica e gerencial do cuidado; acolhimento/orientação e continuidade da atenção. Os resultados foram categorizados pelo percentual obtido em relação ao máximo esperado: suficiente (B a 80 por cento); intermediário (de 50 por cento a 79 por cento); insuficiente (< 50 por cento). Resultados: os componentes melhor pontuados foram planta física, recursos materiais e material de consumo. Educação em saúde e ferramentas de gestão tiveram pior pontuação. Nenhuma unidade atingiu nível considerado suficiente. Sete foram classificadas no nível intermediário e duas insuficiente. Conclusões: as unidades estudadas não apresentam estrutura adequada para o modelo de atenção ao abortamento preconizado. Há necessidade de intervenções para qualificar a estrutura dos serviços para a atenção ao aborto e promover a huma-nização do cuidado...


To assess the structure of maternity hospitals that provide care for woman undergoing abortions in the Brazilian National Health Service in the cities of Salvador, Recife and São Luís. Methods: three maternity hospitals were selected in each State capital. The data were obtained by way of interviews with the service manager or team of directors and direct observation. The interviews involved 120 questions divided into six sections - physical infrastructure, material resources, human resources, consumable materials, health education and management tools, covering four areas of evaluation - materials/physical environment; technical quality and care management; reception/guidance and continuity of care. The results were presented as a percentage of the maximum possible score: adequate (B80 percent); average (50 percent - 79 percent); inadequate (< 50 percent). Results: the highest scoring sections were physical infrastructure, material resources and consumable materials. Health education and management tools received the worst scores. No unit was deemed to have attained an adequate level of care. Seven were classified as average and two as inadequate. Conclusions: the units studied did not have an adequate structure for the intended abortion care model. There is a need for intervention to improve the structure of abortion care services and to promote the humanization of care...


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Abortion , Delivery of Health Care , Health Evaluation , Brazil , Hospitals, Maternity , Unified Health System
11.
Rev. saúde pública ; 47(2): 283-291, jun. 2013. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-685563

ABSTRACT

OBJETIVO: Analisar os óbitos por causas externas e causas mal definidas em mulheres em idade fértil ocorridos na gravidez e no puerpério precoce. MÉTODOS: Foram estudados 399 óbitos de mulheres em idade fértil de Recife, PE, de 2004 a 2006. A pesquisa utilizou o método Reproductive Age Mortality Survey e um conjunto de instrumentos de investigação padronizados. Foram usados como fontes de dados laudos do Instituto Médico Legal, prontuários hospitalares e da Estratégia Saúde da Família e entrevistas com os familiares das mulheres falecidas. Óbitos por causa externa na gravidez foram classificados de acordo com a circunstância da morte usando-se o código O93 e calculadas as razões de mortalidade materna antes e depois da classificação. RESULTADOS: Foram identificados 18 óbitos na presença de gravidez. A maioria das mulheres tinha entre 20 e 29 anos, de quatro a sete anos de estudo, eram negras, solteiras. Quinze óbitos foram classificados com o código O93 como morte relacionada à gravidez (13 por homicídio - O93.7; dois por suicídio - O93.6) e três mortes maternas obstétricas indiretas (uma homicídio - O93.7 e duas por suicídio - O93.6). Houve incremento médio de 35,0% nas razões de mortalidade materna após classificação. CONCLUSÕES: Os óbitos por causas mal definidas e no puerpério precoce não ocorrem por acaso e sua exclusão dos cálculos dos indicadores de mortalidade materna aumentam os níveis de subinformação. .


OBJETIVO: Analizar los óbitos por causas externas y causas mal definidas en mujeres en edad fértil ocurridos en el embarazo y en el puerperio precoz. MÉTODOS: Se estudiaron 399 óbitos en mujeres en edad fértil de Recife, PE, de 2004 a 2006. La investigación utilizó el método Reproductive Age Mortality Survey y un conjunto de instrumentos de investigación estandarizados. Se usaron como fuente de datos, laudos del Instituto Médico Legal, prontuarios hospitalarios y de la Estrategia Salud de la Familia y entrevistas con los familiares de las mujeres fallecidas. Óbitos por causa externa en el embarazo fueron clasificados de acuerdo con la circunstancia de la muerte usándose el código O93 y calculados los cocientes de mortalidad materna antes y después de la clasificación. RESULTADOS: Se identificaron 18 óbitos en la presencia del embarazo. La mayoría de las mujeres tenía entre 20 y 29 años, de cuatro a siete años de estudio, de piel negra y soltera. Quince óbitos fueron clasificados con el código O93 como muerte relacionada con el embarazo (13 por homicidio - O93.7; 2 por suicidio - O93.6), y tres muertes maternas obstétricas indirectas (una por homicidio - O93.7 y dos por suicidio - O93.6). Hubo incremento promedio de 35,0% en las RMM posterior a la clasificación. CONCLUSIONES: Los óbitos por causas mal definidas y en el puerperio precoz no ocurren por casualidad y su exclusión de los cálculos de los indicadores de mortalidad materna aumenta los niveles de sub-información. .


OBJECTIVE To analyze deaths from external causes and undefined causes in women of childbearing age occurring during pregnancy and early postpartum. METHODS The deaths of 399 women of childbearing age, resident in Recife, Northeastern Brazil, in the period 2004 to 2006, were studied. The survey utilized the Reproductive Age Mortality Survey method and a set of standardized questionnaires. Data sources included reports from the Institute of Legal Medicine, hospital and Family Health Strategy records and interviews with relatives of the deceased women. External causes of death during pregnancy were classified according to the circumstance of death, using the O93 code (ICD) and maternal mortality ratios before and after the classification were calculated. RESULTS Eighteen deaths during pregnancy were identified. The majority were aged between 20 and 29, had between 4 and 7 years of schooling, were black and single parents. Fifteen deaths were classified using the O93 code as pregnancy related death (13 for homicide – code 93.7; 2 by suicide – code 93.6) and three were classified as indirect obstetric maternal deaths (one homicide – code 93.7 and two by suicide – code 93.6). There was an average increment of 35% in the RMM after classification. CONCLUSIONS Deaths from undefined causes in and in early postpartumdid not occur by chance and their exclusion from the calculations of maternal mortality indicators only increases levels of underreporting. .


Subject(s)
Adolescent , Adult , Female , Humans , Pregnancy , Young Adult , Cause of Death , External Causes , Maternal Death/etiology , Violence Against Women , Age Distribution , Brazil/epidemiology , Epidemiologic Studies , Epidemiology, Descriptive , Homicide/statistics & numerical data , Maternal Death/classification , Maternal Death/statistics & numerical data , Maternal Mortality , Pregnancy Complications/mortality , Suicide/statistics & numerical data , Violence/statistics & numerical data
12.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 17(7): 1765-1776, jul. 2012. ilus, graf, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-645574

ABSTRACT

O aborto é grave problema de saúde no Brasil e suas complicações podem ser evitadas por atenção adequada e oportuna. O artigo avalia a qualidade da atenção às mulheres admitidas por aborto em hospitais do Sistema Único de Saúde, em Salvador, Recife e São Luís, tendo como referência as normas do Ministério da Saúde e o grau de satisfação das usuárias. Trata-se de inquérito com 2.804 usuárias, internadas por complicações do aborto em 19 hospitais, de agosto a dezembro de 2010. Considerou-se 4 dimensões - acolhimento e orientação, insumos/ambiente físico, qualidade técnica e continuidade do cuidado - desdobradas em critérios e indicadores. A adequação às normas foi maior quanto aos critérios de acolhimento e orientação. O apoio social e o direito à informação alcançaram valores baixos nas três cidades. A qualidade técnica do cuidado foi mal avaliada. Em insumos e ambiente físico, a limpeza foi o critério menos adequado. A situação é mais crítica na continuidade do cuidado nas 3 cidades, pela falta de consulta agendada de revisão, de informações sobre cuidados após alta hospitalar, risco de gravidez e planejamento familiar. A atenção ao aborto nessas cidades encontra-se distante do que propõem as normas brasileiras e os organismos internacionais.


Abortion is a serious health problem in Brazil and complications can be avoided by adequate and timely care. The article evaluates the quality of care given to women admitted for abortion in hospitals operated by the Unified Health System, in Salvador, Recife and São Luis, the benchmarks being Ministry of Health norms and user satisfaction. The article analyzes 2804 women admitted to hospital for abortion complications in 19 hospitals, between August and December 2010. Four dimensions were defined: reception and guidance; inputs and physical environment; technical quality and continuity of care. There was a closer fit to norms on reception and guidance. Social support and the right to information were not well rated in all three cities. The technical quality of care was rated poor. With respect to inputs and physical environment, cleanliness was the least adequate criterion. Continuity of care was the most critical situation in all three cities, due to the lack of scheduled follow-up appointments, information about care available after hospital discharge, the risk of further pregnancy and family planning. Abortion care falls short of that advocated under Brazilian norms and by international agencies.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Pregnancy , Abortion, Induced/standards , Patient Satisfaction , Quality of Health Care , Brazil , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires
13.
Cad. saúde colet., (Rio J.) ; 17(3)jul.-set. 2009.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-621252

ABSTRACT

A violência na gravidez (psicológica, física, sexual e institucional) representa uma violação dos direitos humanos das mulheres e aumenta o risco de morbimortalidade materna e perinatal, inclusive de homicídios e suicídios. Este artigo discute a relação entre mortes maternas e mortes por causas externas e propõe uma forma de classificação a ser acrescida ao Capítulo XV, ?Complicações da gravidez, parto e puerpério?, da Classificação Internacional de Doenças - 10ª Revisão (1993), que permita, após cuidadosa investigação, considerar algumas mortes por causas externas como mortes maternas associadas à gravidez. Para isto, foi criado um código específico preenchendo uma categoria vazia, a O93, contendo dígitos de O93.0 a O93.9, tendo como referência o Capítulo XX da 10ª Revisão da CID. O código O93 não poderá ser incluído no SIM, mas permitirá que se calculem indicadores de mortalidade materna com e sem as causas externas. Com a implantação deste código espera-se oferecer uma alternativa padronizada de classificação das mortes maternas por causas externas antes da 11ª Revisão da CID e, paralelamente, contribuir com a argumentação internacional de que essas mortes não ocorrem por acaso, que elas podem ser consideradas mortes maternas obstétricas indiretas e que sua exclusão do cálculo dos indicadores apenas aumenta os níveis de subinformação.


Violence during pregnancy (psychological, physical, sexual and institutional) represents a violation of women?s human rights and increases the risk of maternal and perinatal morbimortality, including homicides and suicides. This article discusses the relation between maternal deaths and deaths due to external causes and proposes a classification type to be added to Chapter XV, ?Complications during pregnancy, delivery and puerperium?, of the International Classification of Diseases ? 10th Edition (1993), which will allow to consider some deaths due to external causes as maternal deaths associated to pregnancy, after careful investigation. In order to do so, a specific code was created to fulfill an empty category, i.e. O93, with the digit numbers from O93.0 to O93.9, having as a reference the Chapter XX of the ICD 10th Edition. The code O93 could not be typed in the Information on Mortality System (IMS), but it might allow calculating the indicators of maternal mortality withand without the external causes. We hope that with the implementation of this code it will be possible to offer a standardized alternative to classify maternal deaths due to external causes before the 11th Edition of the ICD and, concomitantly, to contribute with the international argumentation that these deaths do not occur by chance, that they can be considered indirect obstetric maternal deaths, and that their exclusion from the indicator calculations only increases the levels of underreporting.

14.
Cad. saúde pública ; 25(6): 1361-1368, June 2009. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-515787

ABSTRACT

A case-control study was carried out at a public teaching hospital in Recife, Pernambuco State, Brazil in 1997 to investigate risk factors among women who feel regret after undergoing sterilization through tubal ligation. The study compared sterilized women who had requested or undergone a tubal reversal with women who were also sterilized but had not undergone this surgery, nor had requested to do so. Women showing a significantly greater probability of regret were those sterilized at a young age, those who had not themselves made the decision to undergo surgery , those for whom the sterilization was carried out up to the 45th day after childbirth and those who had acquired knowledge about contraceptive methods after the tubal ligation procedure. Having had a deceased child, a partner with no children prior to the current union or a change of partner after the tubal sterilization procedure were also associated to the request for or submission to tubal sterilization reversal. It is necessary to assess women's psycho-socio-demographic profiles, their reasons for requesting tubal ligation and to advise the patient about family planning in order to reduce rates of post-sterilization regret.


Um estudo do tipo caso controle foi conduzido em um hospital público de ensino no Recife, Pernambuco, Brasil, em 1997, para investigar os fatores de risco para o arrependimento da realização da laqueadura tubária, comparando mulheres laqueadas que solicitaram ou realizaram a reversão da laqueadura tubária com mulheres também laqueadas que não solicitaram e não se submeteram a esta cirurgia. As mulheres que mostraram uma maior probabilidade de arrependimento foram as esterilizadas quando jovens, as que não foram responsáveis pela decisão da cirurgia, as que realizaram a esterilização até o 45º dia pós-parto e as que adquiriram informações sobre métodos contraceptivos depois da laqueadura tubária. Morte de filhos, parceiros sem filhos anteriores à união atual e a mudança de parceiro após a laqueadura tubária também estiveram associados com a solicitação ou realização de reversão da laqueadura. Deve-se avaliar o perfil psicológico e sócio-demográfico das mulheres e seus motivos para solicitar a laqueadura tubária e aconselhá-las para o planejamento familiar a fim de reduzir os riscos de arrependimento futuro.


Subject(s)
Adolescent , Adult , Female , Humans , Middle Aged , Young Adult , Emotions , Sterilization Reversal/psychology , Sterilization, Tubal/psychology , Age Factors , Brazil , Case-Control Studies , Contraception Behavior/psychology , Decision Making , Family Planning Services , Informed Consent , Infertility, Female/psychology , Odds Ratio , Socioeconomic Factors , Young Adult
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL